A Secretaria de Assistência Social e Cidadania de Cambé recebeu o primeiro  lote de 2022 do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), que leva alimentos saudáveis a entidades assistenciais e públicas de Cambé. Ao mesmo tempo, valoriza o trabalho de produtores familiares com propriedades no município.

A iniciativa é do Governo Federal, que faz a compra com os agricultores. A Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania, por sua vez, assume a responsabilidade do repasse. Em Cambé, a Santa Casa de Misericórdia, a APAE, a Casa Abrigo e os lares Marília Barbosa e Santo Antônio são instituições que complementam as refeições do público que amparam com os itens.

Murilo Silva, diretor do Departamento Administrativo da Secretaria de Assistência Social, explica que há requisitos para o trabalhador rural atuar do projeto. São aceitos produtores familiares com cultivo em Cambé e que portem a devida documentação regulada. Eles protocolam um cadastro junto ao Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-PR), o antigo IAPAR, e se comprometem a cumprir entregas semanais. Inclusive, emitem nota fiscal.

De acordo com o Governo Federal, em 2019, uma das seis modalidades do PAA teve liberado um recurso de mais de R$ 285 milhões.

Ainda conforme Silva, o último edital do programa se expirou em 2018. Desde então, o município aguardava a abertura de inscrições, que ocorreram no fim do ano passado. Portanto, Cambé começou 2022 com as atividades previstas neste novo edital, que tem duração de doze meses. O prazo, aliás, pode vir a ser prorrogado dependendo da disponibilidade do município,

Não é a primeira vez que o produtor rural Daniel Bosson participa do PAA. Ele mantém uma propriedade nas proximidades do Distrito da Warta, ainda em território cambeense, e comemora que os pagamentos seguem em dia. Após descarregar inúmeras caixas no Centro de Convivência do Idoso (CCI) do jardim Tupi, onde as entidades beneficiadas retiram os alimentos, o profissional elogia a organização do programa. “Ajuda tanto a gente quanto as entidades. O governo faz um meio de campo bom e valoriza melhor a mercadoria, que tem um preço mais ou menos fixo. É depositado certinho e as entregas são todas as segundas-feiras. É bem programado”, avalia.

Luciana Seyr é engenheira agrônoma do IDR-PR e presta assistência aos produtores cadastrados. De acordo com ela, o foco de distribuição deste ano são os grupos alimentares que oferecem maior durabilidade. Foram priorizados legumes e frutas como chuchu, cenoura, tomate, brócolis, banana, abacate e batata doce. Verduras não foram descartadas, mas entraram com menor proporção na comparação com edições anteriores. A escolha dos alimentos foi fruto de uma pesquisa sobre as lavouras presentes na região. O estudo permitiu identificar o que os agricultores locais estão produzindo.

Para a especialista, as vantagens do programa percorrem uma via de mão dupla, atingindo tanto os trabalhadores do campo quanto as instituições espalhadas por Cambé. “São produtos utilizados rotineiramente nas entidades e complementam a alimentação delas. As entidades estão recebendo gratuitamente uma doação e os produtores estão vendendo. É um programa muito bom”, finaliza.

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