Em homenagem ao Setembro Amarelo, mês de prevenção ao suicídio, a Secretaria de Saúde está realizando diversas ações de apoio e conscientização. Uma das ações acontecerá na sexta-feira (23) às 14h, no Centro Cultural de Cambé. Será promovido um encontro destinado a adolescentes com apresentações artísticas, e uma roda de conversa para os jovens tirarem dúvidas sobre saúde mental. O evento é aberto ao público.

A chefe da Unidade em Educação em Saúde, Lucimara Cristina Frasson Pontes, fala sobre a importância dessa data. “É uma campanha para chamar atenção à importância desse tema e principalmente sobre a valorização da vida”, destaca. Ela também conta sobre a preocupação com os jovens, entre 15 e 29 anos, que segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) tem o suicídio como segunda principal causa de morte. Por isso, neste ano, a roda de conversa é destinada aos adolescentes. “Nós temos uma programação de Setembro Amarelo e são várias ações, essa é uma delas. Ela é promovida pela Secretaria de Saúde e pelos CAPS infantis e adultos e também estamos divulgando nas escolas do município”, acrescenta Lucimara.

De acordo com a OMS cerca de 38 pessoas cometem suicídio todos os dias, totalizando em média de 14 mil mortes por ano apenas no Brasil. Por isso, a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) criou em 2014 o mês de prevenção ao suicídio, o Setembro Amarelo. Esse mês também conta com o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, no dia 10 de setembro.

Sinais de alerta

Lucimara destaca, em conjunto da psicóloga Janaina Bordini e da assistente social Daniela Zamberlam, alguns sinais que as pessoas podem apresentar antes de tirarem a sua própria vida. Algumas pessoas podem passar a se isolar ou falar mais do que o comum sobre a morte ou o suicídio, fazendo comentários como por exemplo, “Gostaria de dormir e nunca mais acordar” ou “Vou deixar vocês em paz”. Mas esses não são os únicos sinais dados antes do suicídio e muitos fatores podem influenciar, como uma perda de emprego, crises políticas e econômicas, discriminação pela orientação sexual ou identidade de gênero ou agressões psicológicas e físicas. Prestar atenção à esses sinais pode salvar vidas.

O que fazer diante de uma pessoa que apresenta esses sinais?

As profissionais Lucimara, Janaina e Daniela também falam sobre a importância do diálogo. Durante a conversa é necessário não banalizar, julgar ou condenar as emoções do indivíduo. Além disso frases de incentivo como por exemplo “Pense positivo” ou “A vida é boa” podem ter efeitos contrários, por isso é fundamental incentivar a busca pela ajuda de profissionais e não deixar aqueles que se encontram em perigo imediato sozinhos.

É possível encontrar ajuda e mais informações pelo do Centro de Valorização à Vida (CVV) através do número de telefone 188 ou nos serviços de saúde, como nos postos de saúde ou nos CAPS.

Sob supervisão de Thiago Mossini

 

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