O Procon Municipal de Cambé, com a Coordenação Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor – Procon-PR, está orientando beneficiários do INSS para verificarem, em seus holerites ou contracheques, a existência de descontos de valores não autorizados. Saiba agora como verificar e impedir que mais dinheiro seja descontado.

A verificação pode ser realizada no site do INSS ou no aplicativo MEU INSS. Acesse o site ou aplicativo e consulte o extrato do seu benefício. Caso identifique alguma cobrança não autorizada, deve, no próprio aplicativo, clicar em mais serviços/mensalidade associativa, e escolher a opção exclusão de mensalidade de associação ou sindicato no benefício.

Se não possuir acesso à internet e senha do MEU INSS, o segurado deve agendar atendimento presencial junto ao INSS pelo fone 135.

Segundo Willian Train, dirigente do Procon de Cambé, “essa medida é importante para garantir que valores deixem de ser descontados, já que não houve autorização pelos beneficiários.”

Além disso, se proteja também da seguinte forma: bloqueie o benefício para empréstimos/descontos e libere apenas quando quiser contratar. Essa medida evita contratações sem sua autorização. Empréstimos devem ser autorizados por escrito ou eletronicamente. Não é permitida a contratação por telefone;

E também nunca envie fotos com documentos pessoais para desconhecidos. Isso pode ser golpe; proteja sua senha do Gov.br e não compartilhe com ninguém; desconfie de ligações que oferecem dinheiro fácil. Muitas vezes, são tentativa de aplicar golpes; leia atentamente os contratos antes de assinar qualquer serviço ou empréstimo. Em caso de dúvidas, procure o PROCON; converse com outros aposentados sobre essas situações. Compartilhar informações ajuda a evitar novos casos; e auxilie pessoas do seu relacionamento, como parentes, vizinhos e amigos a verificar se há algum desconto indevido no seu benefício.

 

O caso do INSS

Segundo a Agência Brasil, no último dia 23 de abril, a Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União (CGU) deflagraram a Operação Sem Desconto, que investigou um esquema de descontos não autorizados em aposentadorias e pensões, da ordem de R$ 6,3 bilhões.

O dinheiro cobrado era repassado a associações, sindicatos ou entidades para as quais o INSS descontava, diretamente dos benefícios previdenciários, as mensalidades que milhões de aposentados e pensionistas pagam para se filiar a essas organizações sociais, em troca de uma série de benefícios, como descontos em produtos e serviços.

A Advocacia-Geral da União (AGU), então, criou um grupo especial para propor medidas judiciais e administrativas com o objetivo de recuperar o prejuízo, ressarcir os beneficiários do INSS e propor novas medidas contra fraudes.

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