Estar com a saúde e a autoestima em dia são fatores importantes para a qualidade de vida e o bem estar das pessoas. Por conta disso, o grupo ‘Bem Viver’ nasceu na cidade e começa a gerar seus frutos. A enfermeira da Secretaria de Saúde da Prefeitura de Cambé e uma das idealizadoras do projeto, Camilla Ravagnani Bueno, destaca que o Brasil tem mais da metade da população acima do peso ou com algum grau de obesidade e, dentre essa população, a maior parte é mulher. “Com isso em mente, nós pensamos em um projeto que pudesse localizar e trabalhar com essa população obesa, com o objetivo de acompanhar questões relacionadas à saúde e também de empoderamento e autoestima, visto que, infelizmente, o preconceito ainda é um obstáculo que precisamos superar”, pontua.
Segundo a enfermeira, o grupo ‘Bem Viver’ é um projeto multidisciplinar e multifatorial, já que engloba vários profissionais que auxiliam nos diversos fatores que podem levar uma pessoa a desenvolver obesidade. “Hoje, as doenças cardiovasculares, como o infarto e a hipertensão, são a principal causa de morte no Brasil e está diretamente ligado ao sobrepeso e à obesidade”, destaca. Por conta disso, segundo Bueno, é fundamental criar mecanismos para que as mulheres consigam ter acesso à médicos, nutricionistas e outros profissionais que atuam nessa área.
Camilla Bueno explica que o grupo começou a atuar em maio e estará aceitando novos integrantes até esta quinta-feira (07/07). Podem participar mulheres acima do peso ou obesas de 12 a 70 anos e o cadastro deve ser feito pelo WhatsApp 3174-0325. “Os nossos encontros são realizados uma vez ao mês e a nossa equipe conta com médico, enfermeiro, nutricionista, educador físico e psicólogo. Nossos encontros são como um grupo de apoio, que é como chamamos, na intenção de abranger e diversificar os métodos de atendimento”, esclarece.
De acordo com ela, nos encontros, as participantes recebem atendimentos individualizados, como cardápios nutricionais, séries de exercícios, consultas mensais com a coleta de exames, além da medição de peso, altura e circunferência e a captura de fotos para comparar o antes o depois. “Nós também temos um grupo no WhatsApp em que trocamos informações e tiramos dúvidas diariamente”, destaca.
“A obesidade é uma doença crônica, ou seja, que não tem cura, mas que tem tratamento e controle, por isso temos que bater nessa tecla e desenvolver ações com esse intuito. Nós queremos melhorar a qualidade de vida dessas pessoas, principalmente no que diz respeito a reduzir as chances de que alguma doença oportunista apareça”, finaliza a enfermeira.