Para garantir mais proteção para mães e bebês, a Prefeitura de Cambé, por meio da Secretaria Municipal de Saúde Pública, iniciou nesta segunda-feira (8) a vacinação gratuita de gestantes contra o Vírus Sincicial Respiratório (VSR). As doses serão aplicadas gratuitamente, em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS), sendo destinadas para mulheres a partir da 28ª semana de gestação. O foco é proteger recém-nascidos, reduzindo o número de casos de bronquiolite, uma das infecções respiratórias mais graves após o nascimento da criança.

Para receber a vacina, a gestante deve comparecer em uma UBS com documento de identificação, cartão do SUS e um comprovante da gestação com idade gestacional como a caderneta de gestante. Não há restrição de idade para a mãe. A recomendação é que a mulher tome uma dose única a cada gestação.

A campanha é idealizada pelo Governo Federal, que passa a ofertar a dose gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS) pelo Programa Nacional de Imunização. Na rede privada, o imunizante pode custar até R$ 1,5 mil.

Bárbara Radigonda, responsável pelo departamento de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde, destaca que a vacina é fundamental para proteger o recém-nascido contra o VSR, um vírus que pode causar várias complicações, entre elas a bronquiolite. “Foi observado, no país todo, um alto índice de crianças com Vírus Sincicial Respiratório que tiveram complicações por conta da infecção. Então, essa vacina vem para contribuir na prevenção para essas crianças. Você que é gestante ou tem alguém que é conhecido que está gestante, vá até a Unidade Básica de Saúde mais próxima de sua residência com os documentos e um comprovante da gestação para se vacinar”, disse.

 

Mais de 35 mil casos da doença em crianças em 2025

Segundo o Ministério da Saúde, o VSR é responsável por cerca de 75% dos casos de bronquiolite e 40% dos casos de pneumonia em crianças menores de dois anos no país. Em 2025, o Brasil registrou 43,2 mil casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) causados por VSR. Desses casos, a maior concentração de hospitalizações foi em crianças com menos de dois anos, totalizando mais de 35,5 mil ocorrências.

Isso porque o vírus é um dos principais responsáveis pelas infecções respiratórias mais graves em crianças dessa idade, especialmente até os 6 meses de vida. A doença pode começar com sintomas leves, como nariz entupido ou escorrendo, tosse e chiado no peito; mas o quadro pode piorar rapidamente, apresentando desconforto para respirar, nível de oxigênio no sangue abaixo do normal, sono excessivo e lábios arroxeados, representando risco de vida e necessidade de atendimento imediato.

A vacina, de dose única, é a melhor forma de prevenção da doença, oferecendo proteção imediata aos recém-nascidos e reduzindo hospitalizações. A partir da 28ª semana, a gestante toma o imunizante e seu organismo passa a produzir anticorpos. Esses anticorpos são passados para o bebê ainda na barriga, com a criança adquirindo proteção contra os sintomas mais graves.

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