Para destacar ações exitosas e padronizar o atendimento, a Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania promoveu o primeiro encontro Boas Práticas do SUAS (Sistema Único de Assistência Social). O evento reuniu equipes da Secretaria, de todas as unidades do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) e serviços de convivência para apresentar um balanço das ações ao longo do ano. O objetivo foi levantar o que funcionou em cada território para que mais pessoas possam ser impactadas pelo serviço público.
A secretária municipal de Assistência Social, Flávia Iwakura, explicou que os coordenadores e equipes técnicas apresentaram as boas práticas desenvolvidas em cada território durante o ano, já que cada um teve autonomia para criar sua própria metodologia de atendimento de vulnerabilidades nos territórios.
“Hoje, cada um vem aqui para ser valorizado e apresentar o que deu certo no seu território. Com isso, além de valorizar essas boas práticas e reconhecê-las, vamos padronizar para que todas as unidades consigam desenvolver essas ações de sucesso que chegaram à população. O encontro também serviu para percebermos que trazer a rede pública para dentro da assistência tem funcionado e traz muitos resultados positivos para a população. Então, a saúde está vindo para os territórios onde não tinha tanto acesso, o esporte, a cultura traz as oficinas, os laboratórios para essas populações que muitas vezes não vêm até o Centro para desenvolver. Hoje é o momento de celebrar tudo aquilo que tem dado certo nos territórios, para que no ano que vem isso só melhore”, destacou a secretária.
Esse território é nosso: ação de aproximação com moradores da região do Ana Rosa
Um dos trabalhos que mais obtiveram exito em 2025 foi o “Esse território é nosso”, desenvolvido no CRAS Ana Rosa. Segundo o coordenador do local, Fabrício Campanucci, essa foi uma estratégia para aproximar o serviço da população e oferecer a eles, para além dos benefícios e aquisições sociais, o acesso a informações sobre seus direitos e a rede de serviços. A ação viabilizou a participação social de beneficiários do auxílio alimento em uma perspectiva na qual se sintam pertencentes àquele bairro e serviço, e participarem também do planejamento dos próximos quatro anos.
A oficina surgiu para conhecer o bairro a partir da visão de quem mora ali, estimulando a identificação das potencialidades e das dificuldades; e construindo as possibilidades para melhorar o acesso à rede de serviços instalada no território. Segundo a metodologia do trabalho, o território é um eixo central, compreendido não apenas como um espaço geográfico, mas como um espaço socialmente construído, onde se manifestam as vulnerabilidades e onde as políticas públicas devem ser aplicadas de forma contextualizada e eficiente. A territorialização no SUAS significa conhecer profundamente as realidades locais, incluindo as dinâmicas sociais, as culturas e as redes de relações, para que os serviços e programas possam responder adequadamente às necessidades das pessoas.

A ação também serve para apresentar serviços municipais para os moradores da região (Reprodução/CRAS Ana Rosa)
Os coordenadores perguntam para as pessoas como se pode descrever o território; se é um lugar bom para se viver, o que mais gosta, o que tem de melhor, se é perigoso, e se os serviços existentes atendem as necessidades. A partir disso, foi montado um painel com três colunas: rede, potencialidades e desafios. Com isso, procura-se fortalecer o território, os grupos sociais presentes, e se garante que tenham acesso aos direitos sociais, humanos e civis. Também é feita uma atividade para que se responda o que se precisa melhorar para chegar ao território que queremos, identificando carências da política público, ou apresentando serviços que já existem e a população não tem conhecimento.
“A atividade é muito simples. Buscamos conhecer o território a partir dos moradores, na perspectiva deles. E surgiu até a oportunidade de apresentar serviços que não eram citados e não eram conhecidos por todos, como a Clínica da Mulher. Então, um dos impactos positivos desse tipo de atividade é a qualificação e o estímulo ao acesso dos serviços que temos disponíveis, para que eles tenham conhecimento sobre esses serviços e também participem. A fala, necessidades, desejos precisam fazer sentido para eles”, disse Campanucci.
O resultado das oficinas serão encaminhadas para a gestão da pasta para compor o diagnóstico e o plano de trabalho da política de assistência, além de ser apresentado na reunião de rede intersetorial do Ana Rosa. Isso vai ajudar com que outras áreas da Prefeitura conheçam mais as demandas e necessidades apresentadas pela população, como saúde, educação infantil e transporte coletivo.
“Foi uma experiência coletiva muito exitosa nesse sentido, de fornecer informações para essa população sobre a rede, mas também viabilizar a participação deles nesse processo de planejamento, do pensar a política pública”, finalizou o coordenador do CRAS.
