Secretaria de Saúde reforça importância da vacinação contra o sarampo

A Prefeitura de Cambé, por meio da Secretaria Municipal de Saúde Pública, reforçou a importância da vacinação contra o sarampo, principalmente para a população de 20 a 29 anos e crianças que ainda não receberam a segunda dose. Mesmo com o Paraná não registrando nenhum caso da doença desde 2020, a medida tem caráter preventivo, por conta do aumento expressivo de casos em países da América. Doses da vacina estão disponíveis em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS) do município.

Bárbara Radigonda, responsável pelo departamento de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde, explica que o sarampo é uma doença viral potencialmente grave, extremamente contagiosa, que pode gerar complicações e óbitos no indivíduo. Além disso, o momento é de alerta para a doença, com países vizinhos em surto. Argentina e Paraguai registraram reintrodução da doença, e a Bolívia é o país com mais casos na América do Sul. O Brasil também constatou casos de sarampo.

“A gente ressalta a importância da vacinação nesse momento, pela vacinação ser a principal maneira de prevenção desse agravo. Com isso, a gente chama a população para se vacinar. A vacina está disponível em todas as UBS, sendo feita a partir dos 12 meses. Verifique se você já tem as doses da vacina. Essa é a principal maneira de prevenção, e só assim a gente vai conseguir manter Cambé livre do sarampo”, disse.

O esquema vacinal de sarampo é feito com a vacina tríplice viral em duas doses. A primeira é aplicada aos 12 meses de vida e a segunda com 15 meses. Adulto até 29 anos precisa ter duas doses registradas na carteira de vacinação. De 30 a 59 anos, precisa ter uma dose registrada.

Com isso, procure a UBS mais próxima com carteira de vacinação, documento com foto e cartão do SUS e verifique se você já tem todas as doses da vacina contra o sarampo.

 

Sarampo

Segundo o Ministério da Saúde, o sarampo é uma doença infecciosa altamente contagiosa que já foi uma das principais causas de mortalidade infantil em todo o mundo. Apesar dos avanços significativos no controle e prevenção por meio da vacinação, o sarampo ainda representa um desafio para a saúde pública, especialmente em regiões com baixas taxas de imunização. Caracterizado por sintomas que podem ser confundidos com os de outras doenças virais, o sarampo exige atenção e conhecimento para ser identificado e tratado adequadamente.

A transmissão do vírus do sarampo ocorre de pessoa a pessoa, por via aérea, ao tossir, espirrar, falar ou respirar. O sarampo é tão contagioso que uma pessoa infectada pode transmitir para 90% das pessoas próximas que não estejam imunes.

A doença apresenta manchas vermelhas e febre alta, acompanhada de outros sintomas como tosse seca, irritação nos olhos, nariz escorrendo ou entupido e mal-estar. O sarampo ainda pode deixar sequelas por toda a vida ou até mesmo causar a morte, já que pode ter complicações como pneumonia, infecção no ouvido ou inflamação no cérebro.

Não existe tratamento específico para o sarampo. Os medicamentos são utilizados para reduzir o desconforto ocasionado pelos sintomas da doença. Não use nenhum medicamento sem orientação médica e procure o serviço de saúde mais próximo, caso apresente os sintomas descritos acima.

 

Surto de sarampo nas Américas

Em agosto, a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) emitiu alerta contra o sarampo. De acordo com dados, 10 países já estavam em situação de surto, e os índices em 2025 eram 34 vezes maior do que no ano anterior. Até o início do último mês, haviam sido confirmados 10.139 casos e 18 mortes no continente.

Os países com maior número de casos eram Canadá (4.548 casos), México (3.911) e Estados Unidos (1.356). Também confirmaram ocorrências a Bolívia (229), Argentina (35), Belize (34), Brasil (17), Paraguai (4), Peru (4) e Costa Rica (1).