Todo começo de ano a garotada fica ansiosa para comprar materiais novos e dar início a mais um ano letivo. Entretanto, para os pais ou responsáveis, esse é um gasto que pode apertar o orçamento, ainda mais se a família tem mais de um aluno em casa. Por conta disso, o Procon de Cambé está dando algumas dicas para que o material escolar não seja um peso tão grande e acabe fazendo com que a família fique no vermelho logo no começo do ano.

Para Willian Train, coordenador do Procon de Cambé, o primeiro ponto que merece a atenção da família é a lista de materiais. Segundo ele, as escolas só podem solicitar materiais de uso didático e individual, como caderno, cola branca, massa de modelar, cartolina, pincéis e canetas. “As escolas não podem pedir materiais de uso coletivo, como álcool, algodão, caneta de lousa e giz, copos ou talheres, dentre outras coisas”, exemplifica. O coordenador também alerta que a escola não pode impedir um aluno de participar das aulas se ele estiver com o material incompleto, assim como é ilegal que a escola defina a marca, o modelo ou estabelecimento que os pais devem comprar o material.

Train destaca que as escolas não podem cobrar uma taxa de material escolar sem apresentar a lista. “A instituição é obrigada a informar quais itens devem ser adquiridos. A opção entre comprar os produtos ou pagar pelo pacote oferecido é sempre do consumidor”, ressalta. Ele também cita que é importante que os pais façam uma pesquisa de preços antes de comprar os materiais escolares. De acordo com ele, fazer orçamentos em diferentes lojas e fracionar a lista de acordo com as papelarias que têm o menor preço pode fazer com que os materiais não fiquem tão caros.

Assim como em outras compras, as trocas funcionam de diferentes formas, dependendo do modo com que a compra foi feita. Em lojas online, o consumidor tem sete dias para se arrepender da compra, a partir da data de recebimento, e solicitar a troca ou a devolução do dinheiro. Já nas compras em lojas físicas, os consumidores devem combinar essa troca com o proprietário, já que eles estão vendo o produto que estão adquirindo.

Para o coordenador do Procon, não levar as crianças durante a compra também pode fazer com que a conta fique mais barata. “As marcas fazem produtos alusivos aos super heróis, princesas e outros personagens famosos para vender com um preço mais elevado”, orienta. Segundo ele, a solução poderia ser a negociação, ou seja, deixar a criança escolher um produto que ela deseja e o restante fica a critério dos pais. 

O Procon acolhe todas as denúncias de danos contra o consumidor, seja a respeito de irregularidades de preços até propagandas enganosas. O Procon de Cambé fica na rua Pará, 126 – Centro e funciona das 8h30 às 11h30 e das 13h às 17h. O telefone para contato é 3174-2851.

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