Na manhã desta quinta-feira (1), o prefeito Conrado Scheller, em reunião com vereadores e secretários municipais, assinou a ordem de serviço para execução de projetos de reconstrução de duas de oito pontes em Cambé que precisam passar por intervenção, segundo levantamento da Secretaria Municipal de Planejamento. A empresa HTC Brasil será responsável pelos projetos.
A ordem para a execução do serviço é de R$ 1.096.941, que serão distribuídos em todas as oito intervenções. Inicialmente, serão feitos os projetos da ponte na Avenida Bernardino de Campos e na Rua Hugo Seben – que é dividida entre Cambé e Londrina – a famosa Ponte do Panissa. Além deles, ainda serão feitos projetos nas pontes da Avenida Canadá, Rua Rubi, Rua João Garla, Rua Santos, Rua Barão do Cerro Azul e Rua Mediterrâneo. As vias cruzam os córregos da Glória, da Verdade e da Lei e o Ribeirão da Esperança.
Solange Marquezi, chefe da Divisão de Projetos da Secretaria de Planejamento, explicou que Cambé tem um relevo considerável, com muitos fundos de vale e riachos ou ribeirões que cortam as ruas por estarem no perímetro urbano. Elas são chamadas tecnicamente de barreiras hídricas. Para manter a mobilidade urbana, é preciso transpor esses corpos d’água com pontes, por exemplo.
No entanto, segundo a engenheira civil, essas transposições são feitas por tubulações com dimensões pequenas, que acabam entupindo ou sobrecarregando em dias de chuva intensa, causando alguns transtornos como transbordamento, desbarrancamento, destruindo asfaltos e dificultando a circulação de veículos e pedestres.
“Com isso, hoje se faz necessário eliminar todo esse sistema de tubulação que não está funcionando e trazer uma proposta técnica mais condizente para a localidade. Uma estrutura mais moderna e adequada. Provavelmente, nós vamos ter situações com pontes, e situações com aduelas, com dimensões bastante grandes, com volume maior, sem reter tantos galhos”, disse Marquezi.
A empresa contratada será responsável por definir, nos pontos de intervenção, se a melhor opção é a reconstrução da ponte ou colocação do sistema de tubulação de aduelas. Tudo isso através de laudo técnico, levantamento de vegetação, sondagem de solo, estudo hidrológico da bacia, análise de galerias e do traçado geométrico, e diagnóstico para fundação e da via. Posteriormente, são feitos os projetos geométrico, da ponte ou aduela, sistema de drenagem, terraplanagem, pavimentação, recuperação de taludes ou projeto de contenção, remanejamento de interferências, iluminação, sinalização e autorização ambiental com o Instituto de Água e Terra (IAT).
O prefeito Conrado Scheller classificou este como um momento histórico para Cambé, e explicou como se darão os próximos passos. “Essas pontes ficaram muito tempo paradas, porque dizem que obra pública para baixo da terra não dá voto, mas não estamos preocupados com votos e, sim, em conservar e recuperar essas oito pontes. Porém, ainda não estamos dizendo que vai começar a obra, estamos dizendo que contratamos uma empresa para desenvolver oito projetos. Assim que o projeto é entregue para a gente, executamos. A população tem que ter um pouco de paciência, mas agora tem uma previsibilidade e a boa notícia é que tem o dinheirinho guardado para fazer essas obras”, concluiu.