Os primeiros resultados da pesquisa a respeito do transporte público coletivo de Cambé foram divulgados. A pesquisa abrangeu diversos tópicos, como a oferta de ônibus, o carregamento, embarque e desembarque, a sugestão de rotas e a satisfação com o serviço prestado. Os dados e informações coletadas vão ajudar a definir os próximos passos, como a abertura de processos licitatórios para a contratação de uma empresa e a possibilidade de criar um Fundo Municipal de Mobilidade Urbana.
Uma dos pontos principais da pesquisa é a consulta pública sobre as sugestões de rotas, que ainda está em andamento e pode ser respondida em: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLScyEa45N7nUFP0OJBvY8m274TmoNIg3BGJenWUnwYVlHPs5lg/viewform. Não é necessário se cadastrar ou se identificar. Danaê Fernandes, arquiteta e urbanista do Instituto de Tecnologia e Desenvolvimento Econômico Social (Itedes), explica que até o momento eles já receberam mais de 500 respostas. “Nós ficamos muito surpresos com essa grande participação popular, que era o nosso objetivo inicial. As pessoas estão usando como um meio de comunicação mesmo, apontando pontos positivos e negativos e fazendo as sugestões”, conta.
Nesse questionário, o usuário pode fazer a descrição de uma nova rota, citando o ponto de partida e de chegada, horário, quantas vezes usaria na semana e o motivo. A pesquisa vai estar disponível até o início do mês de novembro. Fernandes também destaca que foram feitas pesquisas de campo, com a coleta de dados sobre a frequência dos ônibus, picos de movimento, embarque e desembarque, que vão ajudar a compor a revisão do Plano Municipal de Mobilidade Urbana.
Além disso, foi feita uma pesquisa de satisfação, em que os usuários poderiam avaliar a qualidade do transporte público coletivo em: muito satisfeito, satisfeito, nem satisfeito nem insatisfeito, insatisfeito e muito insatisfeito. A maior parte das críticas da população foi a respeito do valor das tarifas, que é de R$5,70, tanto para viagens dentro do município quanto para o metropolitano. “Esse é um dos pontos em que pretendemos atuar, já que não podemos fazer a revisão desse plano e manter a tarifa com o mesmo valor”, ressalta. Por outro lado, pontos como o acesso às linhas de ônibus, a pontualidade e a segurança tiveram um destaque positivo.
“A maioria das pessoas que participou da pesquisa usa o transporte coletivo para trabalho, assim como quem paga a tarifa é mais crítico em relação ao serviço que é prestado”, pontua. Em Cambé, o transporte coletivo é gratuito para a população acima de 60 anos. “A partir de todos esses resultados, vamos começar a segunda parte dessa revisão, que é construir um projeto de licitação em que as empresas interessadas em assumir o serviço poderão concorrer”, explica. Ainda para 2023, a meta é definir locais para sediar terminais intermunicipais e criar um Fundo Municipal de Mobilidade Urbana.